O Capelão

O cargo de Capelão, com o dos outros cargos adicionais permitidos pela regra 104 do Livro das Constituições, é um não contemplado no esquema básico da ELoI. Ele pode ser comentado por dois pontos de vistas que são frequentemente atribuídas ao Capelão e seus deveres. O primeiro é que ninguém exceto um clérigo deveria ser indicado para esse cargo. Agora enquanto isso pode ser altamente desejável que uma se uma Loja  tenha um clérigo entre seus membros que ele deva ser quem assume esse cargo, não deve-se presumir que na ausência de Ir. em tal condição, tal cargo deva ser deixado vago. Se nenhum capelão for indicado, recai sobre o Past-Master fazer as orações.

O segundo ponto de vista é que alguns autores defendem que ele nunca deve fazer as orações de memória, mas deve sempre lê-las. A base para esse ponto de vista parece ser que como as orações são dirigidas ao divino, elas devem ser feitas com o máximo grau de perfeição, sem o menor risco de erro. Eu concordaria que as orações, tanto quanto outras partes do ritual, merecem ser feitas com o máximo de perfeição possível, mas uma vez que pode-se confiar ao Capelão ter um senso de orações correto, e não falar baboseiras, perfeição total não é essencial; As cerimônias maçônicas não são uma forma de mágica que falharão totalmente se acontecer o mínimo deslize na exatidão das palavras, e isso é tão verdade para as orações assim como para outras partes do ritual.

(Existe uma forma interessante em que as cerimônias maçônicas podem oferecer uma espécie de mágica. Muito de vez em quando, a mesma atmosfera eletrizante que aparece durante musicais excepcionais ou performance dramáticas intensas, quando uma comunhão especial surge entre aqueles presentes, entre os atores e a audiência, pode também aparecer em um encontro maçônico. “Você poderia ouvir um alfinete cair quando o mestre recitou as Obrigações”. Tais momentos são espontâneos e não podem ser forçados, mas um dos objetivos desse livro é ajudar a criar as condições nas quais se torna mais provável de acontecer, habilitando o VM e seus oficiais a usar as palavras e ações da cerimônia corretas, de forma que possam se concentrar em colocar emoção nas lições especiais que o ritual maçônico pretende ensinar)

Deduz-se do mostrado acima que o Ir indicado como Capelão deve ser confiável e competente no ritual. Ele deve ter uma certa formalidade e dignidade natural; orações para o Divino devem soar, assim como ser, sinceras. O cargo de Capelão é frequentemente atribuído ao um membro sênior da Loja  que tenha sido “aposentado” de um cargo ativo, tal como Secretário do Diretor de Cerimônias. Tal Ir muito frequentemente preenche todos os critérios que mencionei, mas infelizmente alguns não mais o fazem.

Os deveres do Capelão são bastante óbvios, nomeadamente a fazer as diversas orações, alocadas no Trabalho de Emulação ao VM e PM, que ocorrem durante a cerimônia de abertura e fechamento da Loja  nos vários graus, e as do graus em si. A única matéria com alguma dificuldade é garantir que a transição do Vemerável Mestre para o Capelão nas aberturas e fechamentos seja feita suavemente. Não há uma forma “correta” para essa transição, procurando-se evitar atropelos ou longos hiatos.

O Capelão vai normalmente ter uma tarefa a mais a realizar: Recai sobre ele dar graças antes e depois do jantar.